Aprenda a diferença entre os freios “ABS” e os convencionais!

O freio ABS tem várias vantagens sobre o sistema convencional de freios. Quando o motorista se deparara de repente com um obstáculo no meio da rua, o instinto é enfiar o pé no freio bruscamente. Nos carros sem ABS, isso faz com que o veículo, mesmo com as rodas travadas, comece a derrapar. Já o ABS simula o comportamento de um motorista experiente e faz o carro parar aos poucos. Com isso, as rodas não travam.

post_freios_abs_convencionais_baterias_enerbox_bateria_boa_dicas_enerbox_dicaSAIBA A DIFERENÇA ENTRE OS FREIOS ABS E CONVENCIONAIS

por:felipe rodrigues

Para especialistas, evolução do sistema de freios ABS tende a tornam o produto mais eficiente

Na busca por veículos que oferecem mais segurança aos passageiros, cada vez mais unidades saem das fábricas brasileiras com o sistema de freios ABS (Anti-Lock Brake System) instalado. Até o ano de 2014 todos os automóveis novos comercializados no País deverão possuir o equipamento. No entanto, qual é a diferença entre o sistema e os tradicionais freios a disco e a tambor?

Atualmente, a maioria dos carros em circulação tem um sistema de freios misto, a disco na frente e a tambor atrás. Alguns são fabricados com discos nas quatro rodas. Basicamente, nos freios a disco, a frenagem acontece quando as duas pastilhas prendem o disco que acompanha o movimento da roda. Já no freio a tambor, a pressão das lonas alojadas dentro do tambor faz com que este pare a roda. 

De acordo com o engenheiro da Bosch, Daniel Lovizaro, o sistema de freio ABS oferece mais segurança nas frenagens graças a um dispositivo eletrônico que modula a pressão do fluido de freio nas rodas, impedindo que travem em freadas bruscas. “Ele funciona comandado por uma unidade de controle, instalada perto do motor e ligada a quatro sensores, conectados a cada roda. Quando o pedal do freio é acionado, os sensores fazem a leitura da velocidade das rodas. A unidade de controle calcula qual roda deve girar mais devagar ou mais rápido para evitar uma derrapagem”, explicou. 

O técnico em freios, José Wilson Formiga de Sousa, da Formiga-Freios, afirma que o freio ABS tem várias vantagens sobre o sistema convencional de freios. “Quando o motorista se deparara de repente com um obstáculo no meio da rua, o instinto é enfiar o pé no freio bruscamente. Nos carros sem ABS, isso faz com que o veículo, mesmo com as rodas travadas, comece a derrapar. Já o ABS simula o comportamento de um motorista experiente e faz o carro parar aos poucos. Com isso, as rodas não travam”, revelou.

Formiga afirma ainda que o motorista não deve ter receio em utilizar o ABS. “As trepidações no pedal são normais e mesmo com o pedal tremendo, deve-se mantê-lo pressionado, sem medo”, destacou.

História – Os freios ABS surgiram na Fórmula 1 e desde que começaram a ser utilizado em carros de luxo, em 1978, têm sido utilizado cada vez mais. Na Europa é equipamento obrigatório nos veículos fabricados a partir de 2004. Mas o sistema evoluiu muito nesses anos e se tornou uma peça tecnologicamente avançada, que exige cuidados na hora do reparo.

De acordo com o professor de engenharia mecânica da unidade educacional de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo), Glauco Caurin, o ABS teve suas primeiras aplicações no Brasil no inicio da década de 1990, com um modelo da Bosch chamado 2s. O produto contava com os componentes principais, a unidade hidráulica e a de comando separadas com sensores de rotação. O cilindro mestre possuía uma válvula central.

“Nos últimos anos, as peças passaram por muitas reformulações e atualmente estão mais complexas e precisas. Os sensores de rotação estão mais ágeis e propiciam a acionamento do sistema de frenagem mais rapidamente”, explicou o professor.